Nota do site: A revista apresenta uma série de
incorreções em sua reportagem.
- Página 48 - primeiro parágrafo "... onde inicialmente
recebeu o nome de Aztec"
O Aztec era um carro fabricado pela empresa Fiberfab. A
partir de uma carroceria do Aztec, foram feita pelos Ferrer uma série de
profundas modificações originando o Ferrer GT. Pode-se dizer que o Ferrer GT
derivou do Aztec, mas desde seu início o Ferrer GT era um carro distinto do
Aztec. Isto é inclusive explicado a seguir no próprio texto da revista no seu seguimento.
- Página 48 - primeiro parágrafo "...ficou conhecido pelo
sobrenome do seu primeiro fabricante..."
O primeiro fabricante do carro no Brasil chama-se Léon
Larenas Izquierdo, e na verdade "Lorena" foi a marca escolhida para os carros,
oriunda de "Larenas", passando então a ser conhecido como León "Lorena".
- Página 51 - legenda das fotos - "Nos anos 70, o Lorena
brasileiro ganhou quatro lanternas traseiras, rodas Scorro "Bolo de
Noiva", e entradas de ar na coluna traseira, além de faróis circulares."
As fábricas Lorena produziram carros completos e
carrocerias vendidas avulsas. Nos carros produzidos completos pela
fábrica, nunca foram produzidos carros com 4 lanternas traseiras
(apenas o primeiro carro, de competição, da "Equipe Colégio Arte e
Instrução" possuía 4 lanternas traseiras). As rodas Scorro (Bolo de
Noiva) e
Italmagnésio (Castelinho) eram oferecidas desde o início de sua produção como
opcionais. Os faróis do Lorena sempre foram os faróis retangulares
da linha Ford de 1968/1969. Nunca a empresa produziu carros com
faróis redondos.
- Página 51 - primeiro parágrafo - duas citações
tentam levantar suspeitas não sabe-se sobre o que
"... León de Lorena, ...... e que se dizia amigo
dos Ferrer...."
- já comentamos acima que o nome do Sr León era
León Larenas Izquierdo
- León durante a segunda guerra serviu no
porta-aviões Saratoga como piloto, onde conheceu Frank Ferrer, que
posteriormente criou nos Estados Unidos uma empresa de
reparação de aviões, e posteriormente o Ferrer GT. Frank Ferrer fabricava bancos para aviões,
bancos este que eram inclusive vendidos para a Panair do Brasil para equipar os aviões
DC3, sobras de guerra, adquiridos pela mesma. Quem transportava este bancos para o Brasil
era o Sr. León Larenas.
"... Curiosamente, a referencia para a criação
dos moldes foi uma carroceria importada dos Estados Unidos pelo
empresário João Silva....."
- León trabalhava para a Estructofibra, no Rio de
Janeiro, empresa especializada em componentes em fibra de vidro,
onde desenvolvia para a Petrobrás tubulações em fibra para uso
marítimo. Foi dele a sugestão para a Estructofibra trazer um carro
Ferrer dos Estados Unidos para fabrica-lo no Brasil. O João Silva
foi o patrocinador do projeto.
- Página 51 - primeiro parágrafo - "....Apesar
da distância as carrocerias do esportivo eram fabricadas no Rio de
Janeiro...."
Na Estructofibra foram fabricados apenas os moldes e
a primeira carroceria, do carro da "Equipe Colégio Arte e Instrução". Com o
desinteresse da Estructofibra em fabricar o carro, preferindo
manter-se no mercado de lanchas, os moldes foram levados para São
Paulo,
para a empresa Fibraplast, de Celso Cavallari e Anísio
Campos,
onde as primeiras carrocerias foram fabricadas. A
montagem era feita na revenda
Monumento. Posteriormente toda a produção
passou a ser feita na Rua Doutor Miranda de Azevedo, 1234. A
própria revista cita (Primeiro Modelo) que o primeiro carro foi já
montado em São Paulo na revenda Monumento.
- Página 51 - "tornou-se
quase impossível identificar atualmente quais exemplares foram
modificados na própria fabrica e quais foram alterados por
particulares".
As modificações que o carro sofreu
durante o período em que foi fabricado são perfeitamente
identificáveis nas sua conhecidas três gerações. Os modelos eram
produzidos em moldes, e não havia como fazer um carro diferente do
outro.
- Página 51 - ultimo parágrafo -
"... as lanternas traseiras eram de caminhão...."
As lanternas traseiras do Lorena
eram as sinaleiras traseiras do Ford Fairlane 1953. O caminhão
Mercedes-Benz 608 D só começou a ser fabricado em 1972, após
encerrada a produção do Lorena.
- Página 51 - "Um detalhe
curioso se referia as calotas.....fixadas sobre rodas originais
de Fusca".
As rodas originais de Fusca
aparecem apenas no folheto de lançamento, e não saíram em nenhum
carro de fábrica. As calotas referidas eram parte da roda em aço
produzida pela Rodabrás, aro 13´ e largura de 5,5´, que era usada no Lorena, que opcionalmente
podia ser adquirido com as rodas Scorro - "Bolo-de-Noiva", ou
Italmagnésio -"Castelinho".
- Página 53 - "O
comprador podia escolher motor 1300....."
O carro era oferecido apenas
com o motor 1300. Caso o comprador tivesse interesse, este podia ser
preparado e entregue segundo o desejo do comprador. Os
motores eram preparados na oficina Chico Landi.
- Página 53 - Troca de Comando
"...a fabricação do Lorena , entretanto continuou sendo feita pela Tambatajá..."
A Tambatajá fabricou apenas o Jeep
Gaiato, projeto da "Lorena S/A Industrial de Veículos".
Houveram três empresas que
fabricaram o Lorena, todas do Sr León Larenas. Inicialmente (12/1968
- 01/1969) "Lorena Importação Indústria e Comércio Ltda", de
propriedade do Sr. León. Com a necessidade de aumento de capital,
foi criada uma empresa SA, (01/1969 - 01/1970 ) "Lorena
S/A Industrial de Veículos", com outro sócios(Renato Dichumo,
Rubens Gugliemeti proprietário da revenda Monumento, e Octaviano
Motta Junior), no mesmo endereço.
Posteriormente o Sr. León retirou-se da empresa, que passou a
chamar-se Tambatajá Veículos, e deu continuidade na fabricação do
Lorena em sua nova empresa "Protótipos Lorena Carrocerias Especiais Ltda"
(03/1970 - 1971), na Rua João Moura 760. Quem fabricou o Lorena GT
foi sempre o Sr. León Larenas.
- Página 53 - penúltimo parágrafo -
"... Das mudanças realizadas na Tambatajá....... além da troca
dos faróis por modelos circulares."
Repetição de incorreções já comentadas
anteriormente
- Página 53 - "Houve uma
modificação do símbolo do carro.... e passou a estampar o peito de
uma ave....".
O símbolo dos carros Lorena, sempre
foi o brasão com a cruz de Lorena. O adesivo (decalco na época) com
um papagaio (na verdade a Águia de Lagash customizada para uma ave
brasileira), era utilizado pela "Scuderia Lorena", para os carros de
competição.
- Página 53 - última frase -
"...Alguns anos mais tarde, o carro passou a ser fabricado por outra
empresa que o rebatizou de Villa GT"
Alguns anos mais tarde, entre 1977
e 1981, foram fabricadas algumas carrocerias do Lorena sobre moldes
existentes, pela empresa
Indústria e Comércio de
Plásticos Reforçados Mirage Ltda, mas com o nome de "Mirage GT".
O Villa GT nada tem a ver com o
Lorena. O Villa GT foi um outro carro fabricado por
Adilson Villa,
inspirando-se no Lorena GT.
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