D2.06 - Lorena "Kounrouzan"
Participação em provas
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(*) - 2° lugar
na primeira bateria, e abandonou na segunda
Jacob Kounrouzan estreou no Grande
Prêmio Mackenzie, em 25/outubro/1970, quando deu apenas uma volta e o motor
quebrou.
Inicialmente o Lorena-GT correu na cor
azul, com capo dianteiro e traseira pretos. Quando passou a ser
patrocinado pela Carello, sua cor tornou-se amarela.
O carro foi montado na Avenida Valtier,
no Canindé, São Paulo, próximo a oficina do Camilo Cristófaro. Esta
oficina pertencia a Napoleão de Abreu, que fora vendedor da fábrica
Lorena, e após o encerramento das atividades da fábrica, montou ainda
alguns veículos. Jacob entregou Fusca 1969 de onde foi
retirada a mecânica para a montagem do carro. Em conversa entre Jacob,
León "Lorena", e este site, acredita-se que o carro tenha sido montado a
partir de uma carroceria prata, retirada de um carro já montado.
A preparação do carro era feita pelo
mecânico Gigante, que posteriormente trabalhou com Gil de Ferran na
equipe de Fórmula Indy. Sua oficina ficava na Rua Afonso Brás, quase
esquina com Santo Amaro.
Copa Brasil de Automobilismo - Prova de
Estreantes - Interlagos
06/dezembro/1970 - 13/dezembro/1970 -
20/dezembro/1970 - 27/dezembro/1970
07/março/1971 -
Festival de Marcas - Interlagos
07/setembro/1971
- IV Uma Hora de Calouros - Interlagos
Capacete utilizado por Jacon Kounrousan
"Festival de Motores" - 25/julho/1971
Na liderança na primeira bateria o Puma 48 de
José dos Santos Martins (Josamar) seguido pelo Lorena de
Jacob Kourouzan. Note no Lorena a "boca" não existente nas
provas anteriores, provavelmente para o
radiador de óleo. Fonte e foto:
Rodrigo Fontes Martins / José dos Santos Martins Junior (Puma 48)
Fotos:
Acervo Jacob Kounrouzan
Grande Premio Mackenzie - 25/outubro/1970
Copa Brasil de Automobilismo - 6, 13, 20, e 27/dezembro/1970
Festival de Marcas - Estreantes 7/março/1971
IV Uma Hora de Calouros - 7/setembro/1971
Lorena "do Jacó" -
Escola de Pilotagem Marazzi
Texto de Gabriel Marazzi
-
http:/www.marazzi.com.br/index.html
"Lembro bem, lá pelos sete anos de idade,que eu sempre calculava quantos anos eu teria no ano 2000.
Quarenta anos era algo longínquo, mas que chegou na hora certa, com muita história para contar - por falar nisso, comemorei minha entrada nos "enta"
tomando champanhe francesa nos boxes das 24 Horas de Le Mans, em plena corrida.
O mais interessante é que as histórias mais gostosas são as mais antigas. Um dia desses estava analisando a virada
do mercado automobilístico dos anos 90, com a entrada dos importados, e a comparação com outras décadas foi inevitável. Perto da escassez de novidades dos anos
80, os anos 70 foram pródigos para a indústria, o que se pode demonstrar pelo entusiasmo que havia em torno de cada novo lançamento.
Na década anterior não foi muito diferente, e alguns esportivos, como o Willys Interlagos ou o VW Karmann Ghia,
faziam mais sucesso que muito importado hoje. Mas eram os fora-de-série os mais desejados: o Puma, esportivo com a mecânica do Fusca apresentado em 1968. No
ano anterior tinha mecânica DKW, com motor dois tempos de três cilindros, mas ainda um ano antes, em 1966, ele foi criado como GT Malzoni. Era o máximo.
Haviam outros, e entre eles o que eu lembro com mais carinho era o Lorena. O carro lembrava um pouco o Puma, mas
tinha a aparência muito mais agressiva, quase um Ford GT-40. Também com a mecânica VW a ar (naquele tempo não havia outra), o Lorena era o preferido para
competições. Na foto(acima), é um Lorena em primeiro plano, em plena aula de pilotagem no Autódromo de Interlagos, em 1971. O circuito ainda estava em obras,
mas já era possível utilizá-lo para o curso de pilotagem - durante os quase dois anos que Interlagos esteve fechado para reforma, as aulas práticas eram
ministradas em um trecho ainda não aberto ao tráfego da Marginal do Rio Pinheiros.
Muitas recordações tenho desse Lorena,de seu dono, o Jacó e sua namorada Marcia. Eles eram alunos da escola e, graças
à aptidão do carro para a pista, eram os que mais se destacavam da turma. Eu e meu amigo Mário Marcio,cujo irmão também era aluno do curso, pulávamos de carro
em carro em busca de emoções, e o Lorena era o que mais nos atraía, principalmente quando pilotado pela Marcia (o Jacó pilotava mais forte e nos assustava um
pouco). Havia também uma outra aluna, conhecida como "Rosana pé-de-chumbo", que dava o maior couro na rapaziada. Essa eu também tinha um pouco de
receio de pegar carona.
Dá para perceber, pela foto, que os carros dos alunos eram os mais variados. A maioria Fuscas, alguns com motor 1200,
mas tinha também um VW Zé do Caixão do Mário, meu companheiro no curso de kart do Waltinho Travaglini, alguns Karmann Ghia e Opalas quatro portas com motor 3800.
Dá para entender por que o Lorena fazia tanto sucesso."
(Publicado na Revista CARRO número 75, janeiro de 2000, página 16) |
Este carro foi um dos dois
"Lorena GT"utilizado para a filmagem de
"A 300 Km por Hora", com Roberto Carlos.
Revista "4 Rodas", No
302 - Setembro/1985 - página 106
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