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Em 1965 a
"Fórmula-Vê" era considerada a melhor categoria de monopostos
para iniciantes na Suécia, mas haviam poucos carros.
Rune Levander já trabalhava com
fibra-de-vidro a 6 anos, e junto com Kjell Lindskog fundaram em 1966
a empresa "Racing Plast". Bror Jaktlund foi contratado para cuidar
da parte mecânica, e a primeira localização da empresa foi em um
celeiro ao redor de Skellefteå, logo mudando-se para
Burträsk, quando a empresa mudou
o nome para Racing
Plast Burträsk (RPB).
Em 1968, Bo Andrén da empresa "BEA Agenturer" em
Estocolmo, iniciou a importação e venda de carrocerias de fibra de
vidro "Aztec", fabricadas pela
"Fiberfab", para instalação na
plataforma (chassis) do Vokswagen Sedan (Beetle).
Para aumentar a rentabilidade, iniciou uma
colaboração com o "Racing Plastic Burträsk - RPB" para desenvolver e
fabricar seu própria carroceria, chamado de "RPB Piraya" (Piranha).
Pode-se ver claramente que o carro vou derivado do "Fiberfab
Aztec" a partir de sua carroceria, principalmente pela parte
superior e portas.
O pára-brisa utilizado é o do Corvette (assim como o do "Aztec",
do "Ferrer-GT", e do "Lorena-GT") e a montagem era feita sobre a
plataforma do Volkswagen, a um custo de 2.150 coroas suecas, e as
vandas foram boas, apesar dos clientes considerarem o carro um pouco
difícil e trabalhoso de ser montado.
A "Piraya" foi apresentado em 1968 e foram construídos dois (ou
três) carros sem motores para serem exibidos nas revendas da "BEA
Agenturers". Um dos carros foi para a agência "Hans Noreen" em
Strängnäs, e o outro para a agência "Kaptensgatan 6", em
Estocolmo.
De acordo com Hans Noreen foram vendidos na sua revenda 44
carrocerias do total de 300 carrocerias construídas, mas alguns
proprietários tinham dificuldades na montagem dos carros. Destas hoje
existem aproximadamente 120.
O carro entrou em produção junto com os carros de
corrida, e em 1969 o "Piraya RPB-GT"sofreu algumas modificações na
traseira, as portas passaram a ser convencionais, e o carro era mais
prático e fácil de montar. Seu preço iniciava em 3800 SEK. Ele
utilizava o tanque de combustível do Renault 10, fechaduras e
trincos do Renault 16, dobradiças das portas e maquinas dos vidros
do Mini, para-brisas do Corvette 1967, luzes padrões da Hella
(mesmas do Saab 96, Saab 99, e Renault 16).
Novas regras para os automóveis como "crash tests"
obrigatórios para carros novos, inclusive artesanais a partir de 01 de julho de 1970
dificultaram a produção do automóvel.
Kjell era então o único proprietário da empresa e
lutou obstinadamente contra os burocratas.
Embora a empresa já contasse com oito
funcionários e uma produção com um bom volume, ele não via a
possibilidade de atender as novas exigências.
Depois de várias reuniões com o Gabinete de
Segurança Rodoviária em Solna, ele foi forçado a desistir da
fabricação do Piraya.
O GT vendia muito bem na Noruega e na Finlândia,
por isso continuou a produção de carros para exportação.
A grande mudança
aconteceu em maio de 1971, quando um ocorreu um
incêndio.
Uma grossa coluna de fumaça preta, subiu para o
céu.
Em apenas algumas horas o fogo destruiu a
fábrica.
Era o fim da produção de automóveis em Burträsk,
que ficou abalada com a notícia.
Para começar do zero custaria tempo e muito
dinheiro.
Todos os moldes foram perdidos.
O vendedor finlandês que tinha pedidos para
vários carros comprou os direitos de fabricação, fez novos moldes, e continuou a
produção por mais alguns anos.
A traseira foi redesenhada e o teto elevado em 5 centimetros.
A RPB mudou-se para novas instalações, passando a
produzir outros produtos de plástico, incluindo
interiores de ônibus e trenós para neve (snowmobiles).
Bror
Jaktlund saiu da empresa e começou a sua
própria empresa de motores em Estocolmo.
Em 1982 a legislação foi alterada e a
necessidade de crash-test foi modificada., e a RPB poderia
voltar a
construir carros, e o conhecimento obtido ao
longo dos anos trouxe de volta o interesse nos automóveis. Kjell
que ainda era sócio da empresa decidiu em conjunto com o CEO
Bengt Ingvar Jacobson retomar a produção de
veículos.
O novo RPB-GT2 apresentado era um carro
bastante interessante e bem acabado. Infelizmente, ele nunca
entrou em produção, pois entre outras coisas, houve uma grande
encomenda de produtos pelo exército sueco. São conhecidas 3 unidades
deste carro, e os moldes ainda existem.
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